sexta-feira, 17 de junho de 2011

Para uma reflexão acerca da união estável homoafetiva.



Certo dia, um desembargador do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo – TJ/SP, realizando seu trabalho de cunho humanitário de visitar pacientes nos hospitais, fazendo companhia aos enfermos e procurando dar-lhes uma palavra de conforto, presenciou uma cena estranha. Na porta do leito de um rapaz, cuja doença já vencera a batalha e que tinha poucos minutos de vida, uma senhora chorava em demasia. O desembargador, então, pergunta se ela não iria entrar ver o paciente que realmente agonizava. A resposta dela foi surpreendente: “Não posso entrar, porque ele era meu filho, mas como viveu uma vida de pecados, agora não é mais”. O desembargador tenta persuadir a mulher explicando que esta seria a última chance de demonstração do afeto materno e que era a hora de se reconciliar.
Neste momento, percebe certa confusão no Hospital. Um rapaz tentava desesperadoramente entrar, mas como ele não era membro da “família” do doente, as regras não permitiam seu acesso ao leito.
O desembargador interveio e pediu a compreensão do hospital. Foi atendido pelo segurança e o rapaz entrou visitar seu companheiro. O doente, então, pede ao companheiro que segure a sua mão, abre um sorriso e falece minutos depois.
Para este rapaz que faleceu, quem efetivamente era sua família?
Texto adaptado do artigo “Um país que acordou mais justo” de José Fernando Simão, publicado no Jornal Carta Forense, edição de junho/2011.
Nota: em 05 de maio de 2011 o Supremo Tribunal Federal (STF), por nove votos a zero reconheceu a união homossexual.

Um comentário:

  1. MUITOS PAIS AINDA HOJE EM DIA TEM VERGONHA E NÃO ACEITAM UM FILHO HOMOSSEXUAL O QUE É INADMISSÍVEL POIS FORAM ELES QUE O COLOCARAM NO MUNDO E DEVERIAM APOIA-LOS E NÃO PENSAM QUE ELES JÁ SOFREM E IRÃO SOFRER MTO PRECONCEITO PELA VIDA POR PARTE DE OUTRAS PESSOAS E SOFRER POR PARTE DOS PAIS DEVE SER MTO MAIS DOLORIDO...

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